sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sessão especial: esporte amador na pauta


“Futebol amador, uma paixão que supera dificuldades – uma definição muito apropriada para o Futebol Amador em Santarém”. Com essa mensagem o vereador Valdir Matias Júnior (PV), começa o texto de seu requerimento que pediu a realização da sessão especial, ocorrida nesta terça-feira, 10/05/2011, no plenário da Câmara, que discutiu ações em favor da prática do esporte amador.
 A sessão foi presidida pelo vice presidente da Casa de Leis Emir Aguiar (PR) e contou com a presença de seus pares Carlos Jaime (PT), Henderson Pinto e Erasmo Maia (DEM), Valdir Matias (PV), Jailson do Mojui (PSDB), Evandro Cunha (PDT) e Mauricio Corrêa (PMDB); o presidente da Liga Esportiva de Santarém Silvestre Campina; coordenadora de esporte e lazer do município, Rita Peloso, presidentes dos clubes que compõem a liga e nas galerias, abnegados do esporte

O requerimento 

A convite do presidente em exercício Emir Aguiar, o vereador Valdir Matias Júnior fez uso da Tribuna e deu conhecimento do conteúdo do requerimento de sua autoria, que pediu a realização da sessão especial, nestes termos:

“A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTARÉM, através do vereador signatário, REQUER que após a manifestação de todos os pares desta Casa de Leis, seja aprovada a realização de uma SESSÃO ESPECIAL para o DIA 10 DE MAIO – TERÇA-FEIRA, EM HORÁRIO REGIMENTAL, para que está Casa representativa do povo de Santarém, possa debater junto às autoridades competentes e convidados, sobre O FUTEBOL AMADOR EM SANTARÉM.
Para esta sessão apresentamos a relação dos convidados para se fazerem presentes: PREFEITA MUNICIPAL DE SANTARÉM LIGA ESPORTIVA DE SANTARÉM (LES), DIVISÃO DE ESPORTE E LAZER (SEMED), Representantes dos clubes filiados da LES: São Francisco, São Raimundo, Fluminense, Flamengo, Norte Clube, Esporte Clube Santarém, Arsenal, Tapajós, etc”.

Justificativa 
 
Valdir Matias Júnior, assim justificou a realização da sessão especial: “Senhora e Senhores vereadores, que o futebol é o esporte mais popular do Brasil, todo mundo sabe. Fácil de ser praticado e sem exigir equipamentos caros para isso, o esporte é a paixão de milhões de brasileiros.
O futebol amador é praticado nos quatro cantos do país, geralmente nas periferias das cidades e em grande parte coordenados por Ligas Municipais nos município. Os jogadores praticam por puro prazer, sem ganhar praticamente nada para isso, e superam as dificuldades que existem, como os poucos campos disponíveis, parcos auxílios do Poder Público, ausência de patrocinadores, etc.
Dificilmente podemos explicar e traduzir a sociedade brasileira sem associá-la ao futebol, que é eterno na preferência e vive na alma do povo. Por ser considerado o esporte mais popular em nosso país, o futebol desperta diferentes sentimentos naqueles que o acompanham e interfere direta e indiretamente na vida de todos. Essa questão, aliada à grande influência da mídia esportiva, que enfatiza principalmente o lado "positivo" da profissão, destacando o sucesso de alguns dos nossos principais jogadores, faz com que muitos jovens que iniciam no amadorismo em cidades longínquas dos grandes centros, ficam na espera de serem seduzidos por uma vida social de status e independência financeira e incentivados por seus treinadores, amigos e familiares, visualizem a carreira de jogador de futebol profissional como uma das mais promissoras. Desde que tenha uma base estruturada, com todo apoio. É exatamente essa questão que temos nosso Município.
Mas, será que se pode acreditar em todas as "maravilhas" relacionadas ao futebol amador? Será que a carreira futebolística pode realmente ser considerada tão promissora? Será que um maior incentivo por parte do Poder Público, das empresas não proporcionariam mais atratividades e competitividade nas competições amadoras? Com a intenção de respondermos estas questões, pretendemos, através deste debate, clarear alguns aspectos que norteiam o FUTEBOL AMADOR EM SANTARÉM, que, praticamente caminha sozinho, com o mínimo de apoio possível; sem deslumbramentos de incentivo direto por parte do Comércio e das Empresas locais.

Esperamos que nesta sessão possamos apontar algumas causas pelas quais o nosso futebol, que outrora foi grande e revelou craques para brilharem em todo o Brasil e fora dele, e que hoje passa por uma situação tão difícil, que tem demonstrado a quem trabalha e pratica ser uma profissão sem futuro ou futuro sem profissão?
Daí nossa intenção para que a presente sessão especial sobre o FUTEBOL AMADOR EM SANTARÉM, encontre um caminho para que novamente volte a galgar um lugar de destaque no cenário futebolístico paraense e nacional, com referência ao surgimento de jovens craques”.

Fazer esporte é muito caro 

Ouvido pela Assessoria de Comunicação da Câmara, o vereador Valdir Matias Júnior disse que fazer esporte é muito caro, com isso ele defende que os clubes tenham uma gestão voltada para a captação de recursos financeiros, de formam que as empresas patrocinadoras possam abater no imposto de renda devido. “Só que para isso precisa capacitação, treinamento, de forma que se consiga realmente melhorar a gestão dos clubes, nosso futebol já foi muito forte, um dos melhores do Norte e Nordeste do País e o que se quer é discutir ações de forma atual, eficiente, de acordo com o Estatuto do Torcedor, alinhados com a nova forma de gestão que a Confederação Brasileira de Futebol, está implantando no esporte brasileiro”.

Novos craques 

Instado a falar sobre a revelação de novos craques para o futebol, Matias Júnior entende que isso está acontecendo, no momento ocorre o campeonato santareno subdezessete, que tem mostrado muitos talentosos novos atletas que vem despontando. “Se a gente conseguir apoiar e fortalecer isso, nós vamos conseguir revelar atletas para todo o Brasil”, destaca.

As necessidas da liga  

O presidente da Liga Esportiva de Santarém (LES) Silvestre Campina, relatou as necessidades básicas da instituição, que segundo ele, passa pela situação financeira de cada clube.
 O presidente da LES entende que os clubes do futebol amador, fazem um trabalho social, observando que a maioria deles são administrados por famílias, “que nem sempre tem as condições necessárias para levar o clube à frente, o que nós queremos da Câmara é que junto a prefeitura, faça valer o orçamento destinado a Liga e aprovado pelo Legislativo no valor de R$ 265 mil e com isso se faça um futebol diferente da forma como é hoje, com a carência que tem”, argumenta.

Estádio menor  

Silvestre Campina pediu que a prefeitura construísse um estádio municipal, de menor tamanho que o colosso do Tapajós, onde são realizados jogos do futebol amador e as despesas triplicam. “Minha sugestão é de termos um estádio para cinco mil pessoas, para atender competições do futebol amador de Santarém, o estádio Colosso do Tapajós, da forma como está sendo construído e organizado, não vai servir para o futebol amor”, defende.

A posição da prefeitura 

A coordenadora de Esporte e Lazer, da prefeitura de Santarém Rita Peloso, que no ato representou a prefeita Maria do Carmo Martins Lima, fez um relato das ações que vem sendo desenvolvidas na área do esporte amador. Disse que o esporte amador em Santarém e especialmente o futebol, passou por dificuldades, principalmente com relação à falta de organização, “isso acabou deixando a população um pouco alheia às atividades da área esportiva, é preciso paciência, organização e planejamento, para que de fato a população comece a acreditar que as partidas desenvolvidas, seja lá em que estádio for grande ou pequeno, possam trazer de volta a prática do futebol amador, alías que essa volta já está ocorrendo, eu penso que é assim mesmo, a Liga Esportiva vai pedir sempre mais, a prefeitura vai dizer que os recursos estão reduzidos, porque o esporte em si não é só o futebol, tem uma amplitude de atividades, que a prefeitura precisa também apoiar.

Campeonato de bairros: 105 clubes  

Rita Peloso destaca como um dos grandes feitos da atual gestão municipal, a prática do esporte amador a realização do campeonato de futebol de bairros, com a participação de 105 clubes.

Ela assegura que para isso a sua coordenadoria tem trabalhado a organização, “cada vez mais temos feito ações para que os árbitros, os campos de futebol e os próprios clubes se organizem, temos uma equipe que trabalho aos finais de semana, que não deixa os clubes abandonados”, assegura.

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